É público e notório que em toda a história da humanidade jamais tivemos tempos de uma paz absoluta. Houve sim ausência de guerras, que não quer dizer que tivemos uma paz completa.
Jesus Cristo, nosso mestre, diz que
quem tiver sede, venha e beba. Em tempos de apostasia e de indiferentismo a
Jesus não é de se admirar que aqueles que optam por uma vida relaxada e
desprovida da graça de Deus tem imensa dificuldade em se satisfazer com o que a
vida lhe oferece. “Jesus se encarnou para ensinar o ser humano a ser ser
humano”, já dizia o Papa São João Paulo II, Ele que intitula O Caminho, A Verdade
e A Vida, convida-nos a segui-lo, mas adverte: “Se quiser me seguir, tome a
sua cruz”. É evidente que os espíritos libertinos não entendem este chamado,
misturados na lama e embriagados pelos prazeres dos sentidos, jamais entenderão
a liberdade daqueles que se entregam apaixonadamente nas mãos do Senhor. E é
natural a perseguição que empreendem. “Não estranheis a perseguição do mundo”,
disse Jesus, “o mundo vos odeia”.
Buscar constantemente conhecer a
sabedoria dos santos nos ajuda a optar por uma vereda diferente. Os santos
foram pessoas que deram certo nesta vida, alcançaram as Bem-aventuranças ainda
aqui neste lapso temporal. São João da Cruz nos ensina que é preciso saber
morrer para tudo para que tenhamos a vida em tudo, praticamente parafraseou Nosso
Senhor Jesus Cristo: “Quem perder a sua vida, por causa de mim, Viverá”, Santa
Tereza D’Ávila, também dentro deste mesmo raciocínio afirma “Muero porque
não muero, Vivo sin vivir em mi” (Morro porque não morro, vivo sem viver em
mim) e São Paulo: “Viver pra mim é Cristo, morrer pra mim é ganho”. Essas
Bem-Aventuranças ou Felicidades que os santos viveram nesta terra foram regadas
de grandes provações, grandes humilhações, deboches, e, muitas vezes dentro de
suas próprias congregações. Entretanto, exalavam uma alegria incontida, basta
conhecer as suas biografias para constatar a esperança, a fé, a caridade e a
alegria de quem estava só começando a vida, apesar de às vezes já terem idade
avançada. Mesmo com 60, 80 ou 90 anos apresentavam uma esperança de um jovem na
flor da idade, combateram o bom combate e venceram as tentações e tribulações.
Abandonados em Deus, não sentiram o medo da velhice nem da morte, porém de
certa forma participaram da eterna juventude em Deus.