domingo, 30 de março de 2008

Feliz daquele que crê sem ter visto(Jo 20, 19-31)

Neste domingo o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo nos chamou à reflexão sobre a crença sem termos visto. Nós vimos Jesus? Pelo menos o Cristo histórico nós não vimos, a final Ele viveu ha dois mil anos atrás. Mas o Cristo ressuscitado, vimos? Depende. Por que depende? A experiência com Jesus poucos, mas muitos poucos realmente viveram ou vivem. Enquanto as pessoas continuarem querendo ver Deus com os olhos físicos isso está longe de acontecer.

Lembra daquela vez que você foi salvo em alguma situação? Aquele acidente deixou de acontecer, uma dívida que como em um espetáculo de mágina, deixou de existir? Coincidência, diriam os discrentes, os materialistas. Entretanto para quem vive diversas experiências dessa natureza, para aqueles que observam determinados acontecimentos com os olhos da fé, não há dúvida, a mão misericordiosa de Deus agiu e age em quase todos os dias.

Mas como viver esta experiência? Como percebê-las. Entendo que não há fórmulas mágicas para isso. Cada um vai ter que descobrir, isso vem do âmago do próprio ser, está nas diversas porções do Espírito Santo que está presente em cada um de nós. Este mesmo Espírito que o faz agir, pensar, raciocinar. Esta energia, esta força que nos move, depende de seu livre arbítrio para tornar ou o Espírito Santo de Deus ou o Espírito Diabólico de lúcifer.

Entendo que a pessoa tem que se deixar se elevar pelo Espírito Santo de Deus. Nas celebrações temos que entrar desarmado de críticas ou soluções prontas. Soluções prontas, somente Deus as têm. Deixe Deus tomar conta de sua Vida, entregue a Ele os seus problemas e deixe as soluções emergirem do caos. Na hora que você menos esperar, lá estará ela, os problemas estarão resolvidos.

São Tomé não acreditou, humano que era, mas Jesus reapareceu e lhe mostrou as mãos e as marcas dos pregos. "Não sejas incrédulo, mas fiel", é a ordem do Mestre para todos nós. Jesus Cristo ressuscitado deixou de ser um cidadão somente do Oriente Médio para ser o Senhor de todas as nações. Portanto, meu irmão, creia sem ter visto, se Jesus está presente na Eucaristia, Ele está no meio de nós e realiza milagres, prodígios e promove a solução de todos os nossos problemas.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Do blog: http://contra-o-aborto.blogspot.com/

Abaixo, segue uma carta aberta de Emanuelle Carvalho Moura dirigida aos ministros do STF.
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Prezados Senhores Ministros,

Dia 05 de março de 2007, os senhores decidirão sobre uma das mais importantes questões da história jurídica brasileira: a manipulação ou não de vidas de indivíduos humanos: se, na fase embrionária, será permitida essa atrocidade.

Para se justificar tal absurdo, os cientistas defensores do uso de pessoas como cobaias de laboratório procuram igualar o estágio em que o ser humano embrião se encontra com uma espécie de “morte encefálica”. Ora, quando há morte encefálica em um indivíduo na fase terminal de sua vida ocorre uma perda neuronal irreversível enquanto que um embrião encerra todas as pluripotencialidades de coordenação e construção de si mesmo, do seu encéfalo inclusive porque no início de sua vida encontra-se, vida desse organismo que, cientificamente já é constatado: inicia-se na concepção. Igualar dois processos biológicos distintos como se o início da vida de um organismo humano equivalesse à morte e término, não passa de desonestidade intelectual.

Esse argumento é muito divulgado pela Sra. Mayana Zatz, sua colega, Lígia Pereira, também favorável à manipulação de células tronco embrionárias humanas, não ousa contestar que o início da vida de um organismo humano inicia-se na concepção, pelo menos é o que reporta nos seus livros sobre o tema. A Dra. Lígia é transparente, diz, fazendo inveja a Hitler: “o início da vida de um organismo humano é a concepção, queremos apenas que o Supremo nos dê autorização para usá-la como cobaia de laboratório, posto que podemos conseguir tal matéria humana, em princípio, através desse resto de embriões congelados das ricas clínicas de fertilização in vitro”. Esse tipo de exigência não difere da dos homicidas. Se houvesse uma audiência pública com especialistas em torturas, mortes violentas e manipulações, aposto que pediriam autorização do Supremo para saber até que momento da vida de um organismo humano eles podem picotar o indivíduo com a segurança de que não seriam punidos. Com o andar da carruagem, tenho medo de que se autorizem leis que permitem enfiarem-me uma faca na garganta porque estou desempregada e sou inútil, neste momento, à Economia do meu país.

A ciência caminha a passos lentos e prudentes. Temos realmente uma esperança que nasceu em laboratórios há muito mais tempo do que toda esse sensacionalismo, adoçado por Mayana Zatz, sobre CTEH. Diz esta bióloga que as CTEH “são as únicas esperanças para a cura de doenças muito graves, muito letais e a população tem fé de que irá se curar se o Supremo permitir que nós (os salvadores modernos) manipulemos alguns outros menos importantes e silenciosos (embriões congelados) do que estes adultos que, cheio de esperanças e ignorâncias, clamam pelo favorecimento de tal manipulação”. Ora, por que a ciência de Mayana Zatz faz apelos populares mesmo sabendo que a maioria da população, leiga e desinformada, não consegue discernir todas as conseqüências éticas e até científicas dessas manipulações? A ciência ética costuma ser prudente e cuidadosa para não criar falsas esperanças em inúmeras famílias que sofrem com pacientes crônicos e que apostariam até a vida de inocentes para terem sua tão almejada “cura”.

Até hoje, NADA de eficaz foi obtido através da manipulação de CTEH. A não ser que teratomas descontrolados em roedores seja evolução.... NENHUMA CURA. Porém, quanto às Células Tronco Adultas, retiradas da Medula Óssea, já houveram CURAS em crianças e inúmeros sucessos em mediciana regenerativa como os Senhores Ministros puderam constatar na audiência pública de abril de 2007 através dos cientistas favoráveis apenas às manipulações de células tronco adultas. E, ainda, que se pode obter células com potencialidades da embrionária através dessas próprias células adultas da pele de seres humanos adultos.

Por que apostar no vazio? Se podemos evoluir dentro dos campos da ética, sem ferir a dignidade da vida humana? Nos mercados públicos da minha cidade, Teresina, somos acostumados a ver “curadores” com garrafas preenchidas de água suja que eles dizem ser abençoadas e que “cura de todos os males”. Esse tipo de charlatanismo parece não acontecer somente no meio de desletrados. Estamos assistindo à maior farsa da ciência que são as ilusões que se obteriam das células tronco embrionárias humanas e o apelo que esses cientistas pró-CTEH fazem não é racional, mas sempre embasado na manipulação psicológica e dos sentimentos de gente ingênua. Para desqualificar argumentos contrários, racionais e éticos, dos cientistas pró-CTA, aqueles dizem que estes não passam de “religiosos fanáticos”. Um olhar mais atento, por outro lado, revela que são os cientistas pró-CTEH, especialmente Mayana Zataz que, não satisfeita, caluniou uma das cientistas éticas e favoráveis apenas à manipulação de células de adultos, enfim, são estes que usam de uma religiosidade científica com direito a “curas milagrosas”, propaganismo de garrafeiro e falta de respeito ante outros colegas cientistas que sempre posicionaram-se reduzindo os debates ao tema em foco e nunca a agressões de ordem pessoal, nem a difamações.

Peço aos Senhores Ministros, diante do exposto, que dêem um exemplo que, não só o Brasil, mas o mundo precisa ouvir: CIÊNCIA SÓ É POSSÍVEL COM ÉTICA. O dever de proteger a vida humana desde sua existência enquanto organismo, a concepção, está consagrado como cláusula imutável de nossa rica Constituição Federal em seu Art. 5º, caput.. Ferir esse artigo significa colocar-se como maior do que a própria CF. E não feri-lo significará, nesse caso, proteger a vida humana de manipulações científicas, de escândalos como os da Coréia recentemente, de venda e compra de óvulos sob risco da saúde de mulheres que, desesperadas, recorrem a um dinheiro fácil e do tráfico de embriões que poderão, para a ganância de uma ciência caolha serem até fabricados em parceria com clínicas de fertilização in vitro (como a lei poderá controlar isso se abrir essa caixa de pandora?).

A vida dos embriões, organismos humanos em estágio pelo qual cada um dos senhores Ministros já passaram, está, nas mãos dos senhores. Escutem a voz da Razão e sejam exemplo para o Brasil e para o Mundo.

Com todo o respeito pela dignidade das vossas vidas,

Emanuelle Carvalho Moura

Estudante de Direito da Universidade Estadual do Piauí


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Autorizo ampla divulgação. Desde que o texto seja mantido na íntegra.

A Vida ganha mais 30 dias e continua agonizando.

Felizmente um dos ministros do STF pediu vistas ao processo e adia a votação do uso de células embrionárias por 30 dias. Dizemos felizmente porque a vida ganha 30 dias para ser discutida. As duas votações que já tiveram foram ambas a favor do uso de embriões como se vida não fosse, inclusive a votação do ministro Carlos Brito.

Ora Ministro, o assunto é muito maior que as letras frias da constituição. Dizer que a vida começa quando a mulher dá a luz e termina com a morte cerebral é muito superficial, precisa de repensar esta idéia, o mundo corre depressa para desenvolver uma cultura da morte, que se não for combatida a tempo, pode transformar nosso planeta em terra de ninguém e sem sentimentos.

A justificativa de salvar vidas também não encontra respaldo, não se justifica matar uns para salvar outros, no fim somos todos iguais. Existem leis que estão muito além das nossas leis frias das Constituições ou Códigos e no fim todos seremos julgados por elas sem distinção. É bom começar a pensar nisso.

Outro precedente perigoso que estaria acontecendo em se aprovar um absurdo deste, é o caso de uma mulher grávida, que esteja faltando um dia para o nascimento da criança, poder dar fim à criança sob pretexto que se ele ainda não nasceu, portanto não possui vida, ainda não tem direitos, pode ser eliminada. Haja incensatez!

Onde está o direito do Nascituro? Ele existe ou vai morrer também juntamente com a vida dos embriões?

Os que defendem o uso indiscriminado destas experiências podem não ter passado pela experiência de acompanhar a gestação desde a concepção até o nascimento de um filho ou filha. Lembro-me com muito prazer de quando fomos fazer o primeiro ultra som logo depois da concepção de minha filha, menos de um mês. Ela estava pouco maior que um grão de arroz. O médico mostrava-nos como ela era esperta e como parecia feliz com a nossa preocupação pela sua vida, ela se locomovia de um lado pelo outro das paredes ulterinas e um sentimento diferente tomou conta tanto de mim quanto de minha esposa e a satisfação de cuidar daquela vida invadiu as nossas almas. Durante os 9 meses procuramos não alimentá-la com nada que a pudesse prejudicar após o nascimento. Felizmente a minha esposa não faz, nem fazia, uso de quaisquer substâncias que viciam, mas mesmo assim, procuramos que ela alimentasse somente de produtos naturais, evitando, portanto, consumo de refrigerantes e frituras, procurando sempre consumir verduras, legumes e frutas frescas. O resultado foi que nasceu uma criança que nunca teve dor de barriga, nunca nos tirou uma noite de sono, é uma verdadeira graça.

Diante de tudo isso, estou convencido, a vida já existe na célula embrionária, utilizá-la para salvar outra pessoa, em que pese a nobreza da cura, estaríamos cometendo o absurdo de apagar uma vida em benefício de outra. O Espírito Cristão que temos, embora muitos somente dizem ter, porque na verdade não vivem nem procuram viver o Cristianismo, tem que falar mais alto e outras formas de cura deverão ser pesquisadas porque com uso de células tronco embrionárias estaríamos cometendo um assassinato, mesmo que as letras frias da lei não prevejam esta atitude como crime.