domingo, 29 de junho de 2008

Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja

Os pilares da Fé Cristã
Jesus "escolheu 12 apóstolos para estarem com Ele e irem evangelizar" (Mc 3,14). A comunidade fixou mais as figuras de Pedro e Paulo, por serem como que uma síntese de tudo o que foi realizado no anúncio do Evangelho. Jesus é a pedra angular (Mt 21, 42). Se chamamos Pedro e Paulo de pilares é porque, em dois mundos diferentes, por caminhos diferentes, realizavam a mesma missão: formar a Igreja de Cristo nos povos.

Curiosamente Pedro é mais conhecido que Paulo. Por outro lado, Paulo é mais apreciado pelas palavras que nos deixou. Pedro era o homem simples, arrojado, cheio de toda gama de sentimentos. Paulo é o rabino, teólogo eloquente, criativo e corajoso. Pedro é popular porque sua vida é como a de muita gente, um homem do povo. Paulo é mais exigente intelectualmente, sendo mais próximo das pessoas de estudo. É mais fácil falar de Pedro.

São dois mundos mas a mesma missão. O prefácio da missa reza: "Ambos trabalharam, segundo a sua graça, para reunir a única família de Cristo".

No chamado concílio de Jerusalém, os apóstolos viram a situação pastoral e deram uma resposta ousada, são capazes de dividir a Igreja em dois mundos diferentes: de um lado os judeus com sua tradição, do outro os pagãos. Eles dividem o mundo. Por que tanta coragem? Não pregavam um rito, um punhado de palavras, mas Jesus que estava vivo e queria a todos vivos. Assim crescem dois galhos frondosos: os filhos de Israel e os vindos do paganismo, unidos pela única caridade e a mesma fé. Quanto falta faz a Igreja essa ousadia. Hoje brigamos para defender pequenas coisas, e o mundo continua sedento e faminto de Deus. Por conta nossa, buscam conforto e alimento em fontes tão insuficientes. Celebrar Pedro e Paulo, é mais que uma festa, é um desafio.

Dois mártires, o mesmo martírio
Pedro foi preso por Herodes que queria matá-lo depois da Páscoa. Foi libertado pelo Anjo. O senhor mandou seu anjo e o salvou das mãos de Herodes(At 12,1-11). Herodes agripa I (neto de Herodes do nascimento de Jesus) queria cortar a cabeça da Igreja nascente. O Anjo libertou Pedro. Paulo faz a mesma experiência da presença de Deus (1TM 4, 17), Pedro reconhece a perseguição na Comunidade (2 Pd 4,21).
A única missão dos dois apóstolos, anunciar Cristo, une-os no martírio de sangue, que foi expressão do testemunho e suas vidas: "Tu és Cristo, filho de Deus Vivo" (Mt 16,16), como professa Pedro; como professa Paulo: "Combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé"(2Tm 4,7). Agora, "associados na glória, recebem a mesma veneração" e rogam por nós.

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss. R.

domingo, 22 de junho de 2008

O criminoso sempre assina sua obra

Nada há de encoberto que não seja revelado. Com estas palavras Jesus nos deixou um grande ensinamento. Não adianta mentir, caluniar, ou encobertar os fatos, um dia virá à tona e a dor pode ser muito grande. Aprendi que custe o que custar, doa a quem doer, fique amarelo para não ficar rocho depois, mas fale a verdade. A verdade te impede de entrar em contradição, já a mentira o obriga a sempre inventar uma para encobrir outra e dentro de pouco tempo não engana mais ninguém.

O Evangelho de hoje, Mt 10, 26-33, nos chama atenção para este tema. Em um período de descobertas de fraudes e crimes sendo desvendados, os criminosos sempre deixam a assinatura nas suas obras. Aquele que pratica a iniquidade e semeia ódio, rancor, desavenças e a revolta colherá frutos da mesma natureza de sua semeadura.