domingo, 27 de abril de 2008

Permaneça convosco o Espírito de Verdade!


Na força do Ressuscitado Os discípulos, depois da Ressurreição, começaram a anunciar Jesus com vigor e grandes resultados. O anúncio era seguido da ação do Espírito sobre as comunidades. É a realização da promessa de Jesus: "Se me amais, observareis os meus mandamentos, e eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Paráclito (defensor), para que convosco permaneça para sempre".(Jo, 14,15-16). Assim se desenvolve a igreja. Pedro estimula em sua carta a "estar pronto a dar razão da esperança a todo aquele que pede". (Pd 3, 15).

É o que vemos no diácono Filipe. O fogo do Espírito, que recebera pela imposiçào das mãos para "servir às mesas"no servir à grande mesa da Palavra. Repartia a Palavra anunciando Cristo ressuscitado.

A alegria da fé invadia a cidade de Samaria que acolhera o anúncio. Os apóstolos, como que em uma ação de toda a Igreja, fazem-se presentes e conferem o dom do Espírito pela imposição das mãos. A Igreja é sempre comunidade do Espírito, mas também organizada, desde que não sufoque o Espírito.


No amor do Ressuscitado De onde surge nos discípulos esse vigor apostólico? O amor a Cristo ressuscitado é a energia que os conduz. O amor é um sentimento gostoso, mas a observância do mandamento de Cristo: "Quem tem os meus mandamentos e os observa esse é que me ama". O amor a Cristo gera reciprocidade. "Quem me ama será amado por meu Pai".

Amor é união e, para Jesus, permanência. O Espírito permanece conosco (Jo 14, 17). Não só o Espírito, mas "nesse dia compreendereis que eu estou no Pai e vós em Mim e Eu em vós".(Jo 14,20).


Um detalhe curioso: quanto menos temos uma visão humana de Cristo, "pois o mundo não me verá", mais o veremos pelo amor: "Quem me ama... Eu o amarei e a ele me manifestarei". Não dispensa a condição humana da fé, mas o fundamental é o amor.
Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

domingo, 13 de abril de 2008

DOMINGO DO BOM PASTOR


O Pastor de nossas almas caminha à nossa frente. Pelo amor que aprendemos da intimidade com Ele, podemos entrar no coração de Deus.

Vim para que tenham vida

As palavras de Jesus eram extremamente fáceis e iam direto ao coração. ele não veio para fazer discursos, mas para comunicar sua Vida, para que todos tivessem vida e vida em abundância. A alegria do Pai é que demos frutos a partir dessa selva de vida abundante à qual estamos unidos. A leitura do Evangelho de João sobre o pastor e as ovelhas(Jo 10, 1-10), neste tempo pascal, revela-nos que a Ressurreição abre para todos a porta segura para as pastagens, isto é, a vida nova do Reino. Essa vida nova é a intimidade com o Pastor, que de cordeiro ferido e sacrificado se faz Pastor do rebanho. Jesus conta uma parábola cheia de símbolos muito ricos para o povo de Deus. Jesus chama-se de Pastor num relacionamento de proximidade com as ovelhas. ele as conhece pelo nome e as conduz para fora. As ovelhas seguem-no, porque conhecem a sua voz. Notamos assim que a religião não é negócio com Deus, uma troca, mas um mútuo conhecimento e mútuo afeto. Esse relacionamento entre Pastor e ovelhas é o princípio da vida nova da Ressurreição.

Eu sou a porta

Jesus, tendo contado a parábola, percebe que seus ouvintes não a entenderam. Explica que ele é a porta das ovelhas. Não só é Aquele que conduz, mas é por Ele que devem passar: "Eu sou a porta das ovelhas". Jesus diz em outro lugar que devemos passar pela porta estreita, quer dizer que não há outro modo de chegar ao Reino celeste a não ser por meio dele. "Quem entrar por mim será salvo; entrará e sairá, e encontrará pastagem"(jo 10, 9) e também "Ninguém vai ao Pai senão por Mim".(Jo 14,6). Outros que se fizeram passar por Cristo destruíram, exploraram e mataram as ovelhas. Por isso, nossa responsabilidade de pastores com Cristo é conduzir para Ele e não para nós. Somente Ele tem a vida em abundância.
Pe Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

Sou Bom Pastor, ovelhas guardarei, não tenho outro ofício nem terei(Papa João Paulo II)

domingo, 6 de abril de 2008

Crucificado ou Ressuscitado, você escolhe...

Nos dias de hoje, parece até que a descrença que toma conta da maioria das pessoas, a ressureição de Cristo parece não ter muito significado mais. Pelo evangelho de Lucas 4, 13 - 35, a igreja chama atenção neste domingo para os dois discípulos que caminhavam rumo ao povoado de Emaús e que discutiam sobre o absurdo que tinha acontecido em Jerusalém, quando já fazia 3 dias que Jesus havia sido crucificado. Eis que o Cristo aparece, senta-se à mesa com eles e se revela a eles ao partir o pão, ratificando a importância da eucaristia.

Observando os dias de hoje, me pus a perguntar: Nos dias atuais, o Cristo está sendo crucificado ou ressuscitado? A conclusão que chego é que o Cristo tanto é crucificado como também é ressuscitado. Como? O Cristo está sendo constantemente crucificado naquele que defende a prática abortiva, naquele que se omite frente aos problemas sociais,naquele que nega o espírito cristão em suas pequenas atitudes. O Cristo está sendo crucificado na corrupção corrente e presente na mente de muitas pessoas, na imoralidade e naqueles que "acham" normal o uso de pílulas do dia seguinte, naqueles que acham que a igreja é retrógada por defender a vida, são inúmeros os casos de crucificação de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Por outro lado, o Cristo também ressuscita em diversas situações, a vida insiste em sobreviver apesar de tantas controvérsias. A celebração da Eucaristia é uma forma de ressuscitação, entretanto podemos ver também a ressureição em diversas atitudes humanas, naquele que mata a fome de quem quer que seja, nas obras fantásticas desenvolvidas pela Sociedade São Vicente de Paulo por todo o mundo, nas associações de Sopas para Pobres, nas gentilezas, nas generosidades e como há fórmulas de ressuscitar o Cristo.

Você, prezado leitor, escolhe: A Vida na Ressureição de Cristo Jesus ou a morte na Crucificação.