Estamos
diante de um chamado urgente, uma convocação que ecoa através dos
séculos e reverbera nos corredores da história da igreja. É hora
de voltarmos ao essencial da nossa missão, ao propósito primordial
que nos foi confiado desde os primórdios da fé cristã.
Está
na hora da igreja voltar a ser o que se espera dela: Falar de Deus,
não apenas mencioná-Lo em discursos vazios, mas proclamá-Lo com
fervor e paixão, como o centro de nossas vidas e da nossa
existência. Está na hora de falar da alma, daquela parte imaterial
que nos conecta ao divino, que anseia por transcendência e
significado. Precisamos redescobrir a linguagem da alma, aquela que
fala à essência do ser humano e desperta o desejo pelo encontro com
o Sagrado, como diz e exorta o Cardeal Sarah.
Além
disso, é essencial que retomemos o diálogo sobre o além, sobre
aquilo que está para além dos limites da nossa compreensão
terrena. Devemos nos lançar com coragem e humildade na exploração
dos mistérios da fé, abrindo-nos para as profundezas do divino e
contemplando o mistério da eternidade que nos aguarda.
Mas,
sobretudo, é imprescindível que falemos da vida eterna. Não como
uma promessa distante e abstrata, mas como uma realidade palpável e
transformadora. A vida eterna é o horizonte que guia nossas escolhas
e orienta nossas ações no presente. É o destino final para o qual
todos estamos caminhando, e é nosso dever como igreja preparar o
caminho para essa jornada.
A
igreja existe para que haja santos. Não para construir impérios
terrenos ou acumular riquezas materiais, mas para gerar uma
comunidade de homens e mulheres que testemunham a presença de Deus
em suas vidas. A santidade não é um privilégio exclusivo de uma
elite espiritual, mas um chamado universal que ressoa em todos os
corações sedentos de verdade e amor.
É
preciso lembrar as palavras sábias do Concílio Vaticano II, que nos
recordam que, embora os caminhos possam ser diversos, o destino é o
mesmo: a santidade. Todos somos convocados a trilhar esse caminho de
fé e justiça, guiados pela luz da Palavra de Deus e pelo exemplo
dos santos que nos precederam.
Portanto,
que possamos responder a este chamado com zelo e dedicação
renovados. Que possamos nos empenhar na busca pela santidade, não
como uma obrigação imposta de cima para baixo, mas como uma
resposta livre e consciente ao amor de Deus que nos envolve e nos
transforma. Que a igreja volte ao seu propósito primordial, e que,
ao fazê-lo, ilumine o mundo com a beleza da santidade vivida em
comunhão com o divino.
Nos
tempos de hoje, em meio à agitação do mundo, os sacerdotes
desempenham um papel fundamental na orientação espiritual das
pessoas. Contudo, é essencial que voltem a focar suas mensagens na
piedade, na oração, na santificação, na ascese e na mística,
buscando levar os fiéis às virtudes da Fé, Esperança e Amor.
Esses valores fundamentais do Evangelho são pilares que sustentam a
jornada espiritual de cada indivíduo.
É
crucial que os sacerdotes abordem a caridade com a verdade do
Evangelho. Caridade verdadeira não é apenas assistencialismo
superficial, mas sim um compromisso profundo com o bem-estar integral
do próximo, nutrido pelo amor de Deus. A verdadeira caridade promove
a dignidade humana e incentiva o crescimento e a promoção das
pessoas, em todos os aspectos de suas vidas.
Neste
momento, mais do que nunca, devemos elevar nossas preces pelos nossos
sacerdotes, padres, bispos, cardeais e o Papa. Que eles sejam
fortalecidos e configurados ao Sagrado Coração de Jesus e ao
Imaculado Coração de Maria. Que encontrem inspiração e orientação
divina para guiar suas comunidades com sabedoria, amor e compaixão.
Que
possam ser exemplos vivos da fé que pregam, levando as pessoas a um
encontro genuíno com Deus e impulsionando uma transformação
verdadeira em suas vidas. Que, através de suas palavras e ações,
possam conduzir os fiéis pelo caminho da verdade, da esperança e do
amor, sempre em consonância com os ensinamentos e o exemplo de
Cristo e de sua Santa Mãe
Rezemos
pelos nossos Sacerdotes:Parte
superior do formulário
ORAÇÃO
PELOS SACERDOTES
Deus
Todo Poderoso e Eterno, olha com amor o rosto de seu Filho e por amor
Dele, que é Sumo e Eterno Sacerdote, tem misericórdia dos teus
sacerdotes
Lembrai-vos,
compassivo Senhor, que eles são frágeis e fracos seres humanos.
Renovai
neles o dom da vocação que, de modo admirável, se consolidou pela
imposição das mãos dos teus Bispos. Conservai-os sempre perto de
Vós, não permitindo que o inimigo os afaste, para que nunca se
façam partícipes da mais mínima falta contra a dignidade de tão
sublime vocação. Senhor Jesus, vos peço pelos seus fiéis e
fervorosos sacerdotes assim como pelos sacerdotes infiéis e tíbios.
Pelos sacerdotes que trabalham na sua própria terra e pelos que te
servem longe, em lugares ou missões longínquas, por teus sacerdotes
tentados, pelos que sentem a solidão, o tédio ou cansaço; pelos
sacerdotes jovens e pelos que estão pra morrer; assim como pelos já
falecidos. Mas especialmente te encomendo os sacerdotes que mais
aprecio: O sacerdote que me batizou. O que me absolveu dos meus
pecados; os sacerdotes de cujas eucaristias participei, e me deram
teu corpo e sangue na Comunhão.
Oh
Jesus!, conservai a todos pertinho do vosso Coração e os abençoai
abundantemente, no tempo e na eternidade. AMÉM!.