Hoje, observo com apreensão a postura de alguns leigos católicos, e até mesmo de alguns sacerdotes ordenados, e, pasmem até bispos católicos, que parecem querer transformar a igreja em um palco para exibição do que pode chamar de "misericordismo". É preocupante perceber tentativas de utilizar as nobres ações de misericórdia como instrumento de promoção pessoal ou política. Este fenômeno representa um perigo latente para o objetivo primordial da santa igreja no mundo: conduzir as almas à salvação, conforme ensinado por Nosso Senhor Jesus Cristo.
A
verdadeira essência da igreja reside na propagação do amor, compaixão e
misericórdia, refletindo os ensinamentos do Divino Mestre. No entanto, quando
tais princípios são deturpados para servir a interesses pessoais ou agendas
políticas, o propósito sagrado da igreja fica comprometido.
O
uso indevido das ações de misericórdia, seja como meio de autopromoção ou como
ferramenta política, desvirtua a mensagem central da igreja. Em vez de focar na
condução das almas para a salvação, esse comportamento desloca a atenção para
objetivos menos nobres, obscurecendo a verdadeira missão espiritual.
É
crucial que todos os membros da igreja, leigos e clérigos, estejam vigilantes e
comprometidos com a autenticidade do serviço misericordioso. A busca pela
salvação das almas deve transcender qualquer motivação egoísta, mantendo-se
alinhada com os princípios fundamentais do cristianismo.
Assim, insta-se a comunidade católica a permanecer fiel à mensagem original de amor e misericórdia, preservando a integridade da igreja como instrumento divino para a redenção espiritual e salvação das almas. Que cada ação de misericórdia seja uma expressão genuína do amor cristão, contribuindo para o propósito sublime de guiar as almas pelo caminho da salvação, em consonância com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A
caridade é uma característica particular ao catolicismo, historicamente
enraizada e difundida pela igreja ao longo dos séculos. Esse valor transcende
as eras, tornando-se uma rotina na vida social e ganhando espaço como um
mandamento divino.
A
essência da caridade católica, através das obras de misericórdia, vai além do
simples assistencialismo barato. Não se trata de um ato movido por interesses
políticos, revolucionários ou trocas de favores, mas sim de uma expressão
genuína do amor ao próximo.
Enquanto
o assistencialismo político busca votos, o artístico procura promoção e o ateu
age por sentimentalismo, a caridade católica emerge como um compromisso divino,
uma condição para a salvação eterna.
No
centro dessa prática está a visão do católico sobre o pobre: não apenas como um
necessitado de recursos materiais, mas como a representação de Nosso Senhor
Jesus Cristo na Terra. O verdadeiro católico busca, além de prover alimento,
restaurar a dignidade do necessitado como filho de Deus.
O
católico vê no pobre a pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo e busca dar a ele,
mais do que pão, a dignidade de um filho de Deus. Basta ver o trabalho de São
Vicente de Paulo, de Santa Tereza de Calcutá e Santa Dulce dos Pobres, que
nunca fizeram da caridade um ato político revolucionário, mas sim uma escada de
salvação não só para eles, mas para tantos outros, como o Beato Frederico
Ozanan, que inspirando em São Vicente de Paulo, promoveu grande diferença no
mundo.
A
caridade católica não se limita a gestos isolados, mas influencia vidas de
maneira profunda e transformadora. Exemplos como do Beato Frederico Ozanan,
demonstram que a verdadeira caridade não é um ato político revolucionário, mas
sim um compromisso de amor e serviço ao próximo. Assim, a caridade católica
perdura como uma força generosa que é capaz de transcender tempos e ideologias,
moldando corações e proporcionando esperança a todos que a ela recorrem.
Rezemos para que tenhamos a graça da verdadeira caridade, desapegada de retornos materiais. Amém!
Um comentário:
Uma pena o verdadeiro sentido da caridade ter se perdido ao longo dos anos, em época de views e likes mais ainda abunda a necessidade de "parecer" caridoso. Como você citou, dentro do próprio clero isso acontece abunantes vezes, preocupasse com afome de pão e eswuece-se da fome da Palavra, muitas vezes até nossas conferência vicentinas preocupadas com o balanço, os vales e outros valores acaba deixando essa premissa de lado.
Em tempos de um mundo deturpado que a verdadeira caridade volte a ser um farol a iluminar o caminho que leva a Cristo.
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